Para aqueles cujo habitat natural é o cyber espaço, tecnologia representa, simplesmente, um estilo de vida. Está cada vez mais comum e natural nos depararmos com pessoas, de todos os lugares do mundo, que não saem de casa sem seus celulares (e se esquecerem, elas voltam para pegá-los, não importa em que parte do caminho já estejam), que trocaram os notebooks por tablets e que não carregam mais livros, deixando-se seduzir pelos e-books.
São essas as mesmas pessoas que aposentaram seus aparelhos de DVD e esperam ansiosas pela propagação do 3D, enquanto se contentam com os já popularizados blue-rays, que não conhecem uma realidade sem o 3G e que só admitem e-mails se forem corporativos, porque a comunicação simultânea é indispensável no dia a dia e o Blaving veio para ficar! Consequentemente, passar cerca de 1/3 do dia conectado à Internet é praticamente inevitável, o que faz desse acesso um motivo de prazer e, em muitos casos, a causa de grandes preocupações.
O ano de 2011 tem pouco mais de trê meses e os cidadãos, ou mesmo “cyberaholics”, já estão ávidos por novas informações deste boom tecnológico, que é, ao mesmo tempo, benéfico e perigoso. As precauções a serem tomadas ao acessarmos um website, ao praticarmos o e-commerce, ao interagir nas notórias redes sociais, ou mesmo ao enviarmos um torpedo SMS, muitas vezes são esquecidas e quando adotadas, podem ser facilmente neutralizadas pelas ações, cada vez mais sofisticadas, daqueles que se valem desse fenômeno digital para exercer irregularidades ou mesmo ilicitudes.
Assim, tecnologia, para nós operadores do Direito Eletrônico, tornou-se a defesa de uma causa que objetiva viabilizar, com a devida segurança, a rotina de milhões de “weblovers” que se viciaram neste prisma de possibilidades ilimitadas. Caros leitores, o futuro já chegou, razão pela qual temos de entender que a Internet deixou de ser somente um lazer e passou a ser também pauta de encontros e reuniões de negócios, cenário de conflitos estatais, promessas políticas e até mesmo objeto de demandas judiciais em todo o globo, é condição sine qua non para fazer de tal prática um hábito realmente lucrativo.
Diligência, portanto, passou a ser uma obrigatoriedade durante o uso, especialmente se considerarmos o fato de que crimes estão sendo mais praticados pelas vias tecnológicas do que no mundo fenomênico e crakers são os novos vilões da população. Não se permita prejudicar. Uma vez on-line, não conceder senhas, não divulgar imagens ou dados sensíveis, utilizar bons softwares e anti-vírus, são essenciais. Faça da privacidade uma aliada que não deve, de nenhuma forma, ser violada, mesmo porque trata-se de uma garantia constitucional.
O principal, porém, é ter a consciência de que não devemos nos esquivar do uso, mas não podemos, igualmente, nos deixar tornar uma vítima dele.
Renato Opice Blum é presidente do Conselho de Tecnologia da Informação e Comunicação da Fecomercio
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