sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O que fazer para fidelizar consumidores (e o que não fazer)

De acordo com novo relatório da Pitney Bowes Software, consumidores pesquisados na França, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos, indicaram as atividades de marketing que mais os aproxima da marca e as que atuam como um repelente. Claro, uma pesquisa sempre pode trazer distorções, mas é fato que os dados são reveladores e, ao menos, devem ser levados em conta.

Os consumidores são os alvos das ações de marketing e devem, portanto, ser ouvidos. Isso é mais óbvio do que se imagina, e menos praticado do que se deveria. Na realidade, como se pode notar na tabela abaixo, muitas ações que acabam por reduzir a empatia do consumidor ainda são corriqueiras, principalmente no mundo virtual, que se tornou impessoal e muito frívolo. Exatamente por isso, algumas ações que vão no sentido contrário, personalizando o contato, são bem vistas. Os meios de comunicação mudaram e evoluíram, mas as relações humanas básicas ainda são as mesmas, assim como as suas necessidades. As empresas devem prestar atenção a isso, para que não se convertam em meras vagas lembranças na cabeça dos consumidores.


Para especialistas esse dados mostram que as empresas devem ouvir os clientes, antes de adotarem medidas e ações de comunicação e acesso, por mais criativas e mirabolantes que estas possam parecer à primeira vista.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Declaração do IR começa em 1º de março

A poucos dias de a Receita Federal dar início ao recebimento da declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2012, o contribuinte já pode começar a reunir a papelada para não esquecer de nenhum detalhe no momento de acertar as contas com o Leão.
Para evitar congestionamento no sistema, o Fisco irá liberar o download do programa em seu site (www.receita.fazenda.gov.br) mais cedo este ano. O contribuinte poderá ter acesso a partir das 18h do dia 24 de fevereiro.
A ideia é não deixar tudo para a última hora e correr menos riscos de errar. O prazo de entrega do documento vai de 1º de março a 30 de abril. Na hora de preencher os dados do programa, o contribuinte tem que ter em mãos o comprovante de rendimentos, fornecido pela empresa onde trabalha, o informe de rendimentos enviados pelo banco onde tem contas e aplicações. A partir deste ano, os bancos não são mais obrigados a enviar o informe de rendimentos pelo correio. O cliente pode conseguir o documento pela internet.

Além disso, se o contribuinte paga a previdência privada, tem ações na Bolsa de Valores ou outro tipo de aplicação financeira, também precisa estar com os documentos em mãos para declarar. Se o rendimento anual da aplicação for maior que R$ 40 mil, mesmo que tenha sido descontado o imposto direto da fonte, a pessoa é obrigada a declarar.
A declaração do IR pode ser feita de duas formas: simplificada ou completa. Esta última exige que o contribuinte desconte despesas dedutíveis e só vale a pena se ele tiver muitos gastos. Se continuar com dúvida, o contribuinte não deve se preocupar. O programa da Receita propõe o melhor modelo para o cidadão, logo que ele preencher seus gastos.

Mudam este ano também os valores da tabela referencial do programa, na qual o contribuinte verifica o salário mensal mínimo que obriga a declaração. Houve uma correção de 4,5%, por conta da inflação. “O que significa que o salário mensal limite de isenção, que era de R$ 1.566,61, será de R$ 1.637,11”, explica Mota. Na base anual, serão obrigados a declarar o IR quem recebeu rendimentos superiores a R$ 23.499,15 em 2011, e não mais R$ 22.487,25.

Empresário do comércio exterior é marginalizado

Que é difícil importar e exportar no Brasil, isso é bem sabido. Que a burocracia torna a vida das empresas ainda mais difícil, isso também não chega a ser novidade. Que as pequenas empresas estão basicamente impossibilitadas de participar do comércio externo, isso também é fato reconhecido. Todavia, em artigo recente da Folha de S. Paulo, o ambiente de negócios com o exterior foi melhor dissecado, e as condições são estapafúrdias de tão ruins.

A FecomercioSP é a entidade do livre mercado, que deseja promover a melhoria do arcabouço de condições necessárias à livre iniciativa e ao desenvolvimento social e econômico do País. Nesta condição, a FecomercioSP entende que a integração global não só é desejável, como é também um caminho sem volta, com seus custos e benefícios. Quanto antes o País entender que os ganhos da abertura de mercado são mais do que compensatórios em relação aos custos, melhor para nós mesmos.
Com base no diagnóstico apresentado na reportagem da Folha de São Paulo, a FecomercioSP lamenta que o Brasil ainda seja uma das economias mais fechadas do mundo, com um grau de protecionismo que, na realidade, pune  o consumidor e restringe o crescimento econômico e a geração de emprego, sob o nobre véu da defesa da indústria nacional. A indústria nacional merece todo o respeito e deve ter internamente condições adequadas de produção e de competitividade, mas não nos parece merecer reservas de mercado, sob pena de voltarmos 30 ou 40 anos ao passado, tornando nossa economia completamente anacrônica. O que valia na década de 1970 como estratégia de aceleração do crescimento, não vale mais no mundo globalizado, e que preza o consumo de bens e serviços cada vez mais, na medida em que aumenta a renda das classes e países emergentes. A economia moderna vive de consumo de bens, mas também de experiências, de serviços, de conforto.

No Brasil existem 19 mil empresas de exportação e 43 mil de importação, um número muito baixo para os mais de cinco milhões de empresas que estão sediadas no País. Não é para menos, pois os exportadores e importadores estão sujeitos até a 12 carimbos de aprovação em órgãos diferentes, mais de 100 legislações para a área e pelo menos 130 tributos distintos. Essa situação é, além custosa em termos financeiros, extremamente onerosa em burocracia e perda de tempo. Não dá, definitivamente, para imaginar um setor de comércio externo realmente pujante dentro desse ambiente absolutamente castrador.
Assessoria Técnica

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Mais feriados, menos produção

Estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro aponta perdas de R$ 45 bilhões ou 4,4% de seu produto potencial no ano por conta dos feriados oficiais e das “pontes” quando ocorrerem nas terças e quintas-feiras. O cálculo é relativamente simples: estima-se o total da produção industrial, divide-se pelo número de dias e sabemos então, quanto é produzido por dia. A FecomercioSP estima que o cálculo tem algumas imprecisões, pois provavelmente é possível transferir produção de um dia para o outro – ainda que não de forma completa e perfeita – e também é provável que a indústria dependa mais da demanda para produzir do que do número de feriados.

De qualquer forma, é verdade que quanto mais feriados, maior o esforço que o setor industrial, principalmente na transformação, terá que imprimir para produzir. Independentemente de haver queda proporcional de produção por conta dos feriados, o fato é que são dias parados que são pagos, o que encarece o preço da produção nacional, vis-a-vis com economias que têm menos feriados, como a da China, hoje nosso principal concorrente no produto industrializado. Ou seja, se há de fato a queda de R$ 45 bilhões no produto anual não interessa, porque o custo para produzir cresce com o aumento dos feriados.
Para a FecomercioSP os efeitos dos feriados sobre o PIB recaem mais sobre a indústria no sentido de potencial produtivo. No caso dos setores de Serviços e de Comércio, há um deslocamento do consumo de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, para regiões de veraneio e de descanso como a Baixada Santista ou a região serrana do Rio. Se empresários desses locais forem perguntados quanto aos efeitos dos feriados sobre a economia, suas respostas serão positivas, certamente. Para o setor de Turismo, outro segmento representado pela FecomercioSP, o aumento de feriados é ainda melhor, pois estimula o fluxo de viagens e aumenta as chances de que um indivíduo escolha ao menos um desses períodos para viajar. Para os setores de Comércio de Bens, Serviços e Turismo, o efeito negativo se dá pelo aumento do valor da hora paga, mas em geral é compensado pelo incremento da demanda.

Concluindo, há um equilíbrio entre não haver nenhum feriado no ano e um volume muito grande de datas em que parte dos negócios está parada. Os feriados possibilitam, conforme explanado, a distribuição do fluxo de consumo entre regiões do País, estimula o turismo e no final das contas, serve para relaxar e descansar a mão de obra, o que traz efeitos positivos sobre a produtividade. Por outro lado, o número exagerado de feriados vai comprometer o volume total de produção industrial, sem que haja queda nos salários pagos, o que reduz a competitividade da indústria nacional. Como tudo, o caminho do meio é sempre melhor do que os extremos.

Assessoria Técnica

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Juros básicos caem. Para o consumidor, depende

A Selic veio caindo e está prestes a, pela segunda vez na história, ficar abaixo de 10%. O fetiche dos dois dígitos persegue a economia brasileira, quando se trata de juros básicos.

Na realidade, o grande problema não está na taxa básica de juros, pelo menos para o consumidor. Claro, a queda da Selic é bem vinda para o consumidor que vai se beneficiar ligeiramente da redução dos custos de empréstimos, mas é muito mais importante para o País, que vai diminuir enormemente o custo de sua dívida pública, ainda muito vinculada a juros flutuantes de curto prazo.
Contudo, quando tratamos do assunto na ponta do consumidor, sob qualquer ângulo que se olhe (FecomercioSP, Banco Central, Anefac) o cenário não mudou tanto assim. As taxas de juros médias ao consumidor terminaram 2011 ao redor de 43,8%, o mesmo patamar do começo do ano passado, após ter chegado a mais de 47% em outubro. Ou seja, mesmo com a queda de juros recente, os consumidores ainda pagam excessivamente caro para obter um empréstimo. O pior é que, em algumas carteiras, como o crédito rotativo no cartão de crédito ou o cheque especial, as taxas permanecem em média estáveis há muito tempo. E estáveis na casa dos 150% a 240% ao ano, a depender do caso. Um estudo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) sobre os países latinos próximos como Argentina, Chile e Colômbia mostrou que a taxa para o financiamento no cartão de crédito não ultrapassa os 50% ao ano, ou seja, quase cinco vezes menor do que o nosso teto.

Algo está errado no sistema financeiro brasileiro (ou algo está muito confortável para bancos e administradoras de cartões). Na visão da FecomercioSP, de nada adiantam os protestos, quase infantis, contra os grandes lucros dos bancos. A atitude realmente capaz de mudar algo é promover o aumento da competição no sistema financeiro. Em primeiro lugar, o mercado ainda é muito fechado, porém, e mais importante, o consumidor tem um papel preponderante nessa cruzada para que as taxas de juros caiam a um patamar civilizado. É o consumidor, em última instância, o responsável pelas altas taxas de juros. Afinal, é o consumidor que vai tomar crédito, que se deixa descontrolar e entra no cheque especial, que compra no rotativo do cartão de crédito. É ele também que basicamente se recusa a sentar com o seu gerente de banco ou credor para renegociar os termos de suas dívidas como prazos e juros.
Quando isso começar a ocorrer de forma massiva, certamente os bancos e credores terão que competir entre si por consumidores mais conscientes.

Assessoria Técnica

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Agrícola em foco. 2ª quinzena de janeiro de 2012

Os preços de alguns alimentos mantiveram-se pressionados na segunda quinzena de janeiro deste ano. Como adiantado por este boletim, as condições climáticas foram decisivas para o bom desempenho das safras e a tendência de pressão nos preços arrefece aos poucos. Outro fator contundente neste processo de realinhamento de preços é que as safras que foram danificadas carecem de um tempo para se recompor, mesmo havendo normalização dos volumes de chuvas nas regiões que sofriam com a estiagem ou com o excesso de águas pluviais.

De acordo com a Pesquisa Trimestral do Leite, produzida pelo IBGE, as Regiões Sudeste e Sul concentravam 77% de todo leite industrializado no Brasil até setembro de 2011. Isto posto, fica bastante clara a razão das altas no preço do produto e de seus derivados no final do ano passado. A boa notícia é que, paulatinamente, a situação volta às condições normais e, com isso, os preços confirmam uma trajetória de recomposição de margens. De acordo com o IPCA de janeiro, também calculado pelo IBGE, o item Leite e Derivados registrou discreto recuo de 0,02%. Em 2011, o grupo atingiu incremento acumulado de 8,06%.
O que se nota no mercado do leite e de seus derivados, também pode ser estendido ao desenvolvimento de algumas frutas, como mamão, por exemplo. Apesar de ter acumulado 21,11% em 2011, por conta da perda de produto ocasionada pelo volume excessivo de chuvas, os preços em janeiro já recuaram 1,36%.

Por outro lado, a situação do tomate ainda não foi devidamente resolvida. Nas regiões produtoras houve queda no volume produzido em decorrência do surgimento de pragas e os preços ainda têm subido. Em janeiro, os tomates ficaram em média 8,09% mais caros. Em 2011, o produto acumulou alta de 39,42%. Alguns legumes ainda devem sentir os impactos das condições climáticas adversas por um período maior de tempo, como, por exemplo, os feijões, os tubérculos, as verduras e os cereais.
É importante lembrar que com a proximidade da entressafra da cana-de-açúcar os preços dos combustíveis podem se elevar. De qualquer forma, o setor foi bastante cuidadoso ao preparar um estoque justamente para suprir o abastecimento neste período que se aproxima, na tentativa de minimizar impactos nos preços finais oriundos de uma oferta escassa.

Enfim, 2012 inicia o ano ainda com alimentos ainda pressionados, mas com sinais claros de que o pior já passou. Algumas lavouras puderam reverter a situação com a normalidade do clima e o recuo de preços já chega ao bolso do consumidor.

Assessoria Técnica

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Mercados andam muito racionais

Na última semana houve um ajuste nos preços do Ibovespa, que depois de terem atingido o máximo de quase 66 mil pontos neste ano, fechou ao redor dos 64 mil pontos. Na realidade, os mercados de ações e de câmbio estão extremamente racionais neste início de ano, indicando que não convém jogar contra a maré, ou tentar conter ou fixar preços, seja de ações, seja do dólar ou euro.

Os mercados estão indicando um grau de confiança relativamente alto na economia brasileira e, por isso mesmo, a Bolsa tem subido e o dólar caído, apesar da queda de juros recente. Os motivos existem para essa crença: desemprego em queda continuada, rendimentos em alta, indicadores macroeconômicos relativamente bons. Consumo deve prevalecer como a variável que puxará a economia mais um ano - e talvez por alguns anos no Brasil e seus parceiros emergentes. Neste ambiente, é inútil e até contraproducente tentar conter o câmbio (com a entrada de bilhões de dólares de investimentos diretos), e não faz sentido apostar na desindustrialização, ainda que o setor cresça menos do que a média neste momento. Para completar o cenário, a recuperação americana parece cada vez mais evidente, o que dará novo fôlego para a economia mundial.
A queda do Ibovespa na sexta – dado que de segunda a quinta o índice estava estável – não deve ser atribuída aos problemas com a Grécia, dado que a rigor os dias de impasse foram terça e quarta-feira. O Ibovespa reagiu mesmo aos maus resultados da Petrobras, frente ao que era esperado, como deve reagir um índice de ações concentrado em poucas empresas como nosso caso. O resultado da semana se deve também à realização de lucros de um mês muito bom neste início de 2012. Nada mais racional do que isso. A rigor, os resultados da Petrobras também nos fazem pensar o porquê da troca de comando na empresa.




Assessoria Técnica

FecomercioSP debaterá a o impacto da evolução da Classe Média no varejo

A FecomercioSP lança no dia 29 de fevereiro o estudo “A evolução da classe média e o impacto no varejo”. O crescimento da classe média continuará forte.

Em 2015, com uma população superior a 200 milhões de habitantes, a classe C será a força do País, representando mais que a soma do consumo das famílias das classes A e B. O Brasil de 2020 será um dos maiores mercados consumidores e uma das maiores economias globais.

O consumidor brasileiro, que já evoluiu do consumo básico para um patamar mais sofisticado, vai demandar cada vez mais serviços e produtos de alta qualidade. Para 2020, a estimativa é que o Brasil tenha um PIB de R$ 5,41 trilhões, um aumento de 40% em relação à previsão para 2011.

O evento será realizado na sede da entidade, na capital paulista, das 11h às 13h00. Inscrições pelo e-mail classemedia@cardseventos.com.br e pelo fone 11 3078 7592.


Assessoria Técnica

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Conforme apostamos, sai acordo grego

Vamos passar por vários momentos como o desta semana. Sempre que os vencimentos da Grécia estiverem chegando perto, haverá um período de terrorismo dos gregos mostrando que não existem condições de quitação das dívidas sem aporte de dinheiro do BCE, FMI e outros organismos multilaterais. Do outro lado, estarão os diretores desses órgãos multilaterais e alguns líderes nacionais (Ângela Merkel e/ou Sarkozy) pressionando os gregos com seu terrorismo: vão acenar que para a Grécia receber o aporte de recursos, terá que trazer uma contrapartida à mesa de negociações. No final, cada lado cede um pouco e sai um acordo: nem tão bom para sanar o problema de forma definitiva e nem tão ruim que jogue os mercados no caos.

Existem dois times de analistas apostando pesado nesse jogo, e ambos têm perdido para aqueles mais cínicos e frios. O primeiro time aposta numa ruptura. No mercado são chamados de “vendidos”, ou seja, vendem ativos (todo tipo de ativo, financeiro e não financeiro) ao preço presente, esperando comprá-los mais baratos logo adiante, quando o fim do mundo chegar e todos estiverem de pires na mão. O segundo time é super otimista e crê numa solução rápida e definitiva. Esse time dos “comprados” adquire ativos, esperando que este seja o fundo do poço e que em breve possam realizar seus lucros vendendo caro suas posses que compraram baratos. Afinal, para eles a Grécia sairá da crise, assim como toda Europa e os problemas como desemprego, baixo crescimento e consumo fraco vão sumir ao longo deste ano. Claro, neste cenário os preços dos ativos subiriam rapidamente na Europa e no mundo.
Nossa aposta é bem mais chata, quase óbvia, e que não tem muito lugar na mídia: não há grandes possibilidades da ocorrência dos eventos acima. A tendência é de que a situação continue a se arrastar e, quando o momento se tornar mais agudo, embates entre credores e devedores surgirão, e novamente FMI, BCE, Bancos Centrais, Governos, serão chamados a participar das negociações. Nossa aposta se baseia nos mais claros argumentos:

1.         Nada mudou a favor da Grécia (ou de seus parceiros de desolação como Itália, Portugal, Espanha e Irlanda). A crise interna continua, as reformas impõem custos políticos pesados e o baixo crescimento será a toada nos próximos meses, talvez mais de um ano;
2.         Nada mudou contra a Grécia e seus parceiros endividados: os credores e a Europa em si não podem permitir que haja uma ruptura no sistema político desses países e sabem que terão que imprimir lentamente a sua agenda de austeridade e reformas para os devedores.

O ministro grego Papademos discutiu durante vários dias uma forma de chegar a um acordo em torno das medidas de austeridade exigidas pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional em troca da liberação de um empréstimo adicional de 130 bilhões de euros para o governo grego, evitando assim um calote no pagamento de bônus previsto para 20 de março. De seu lado, o governo cortará mais de três bilhões de euros em gastos neste ano, reduzirá os benefícios aos aposentados e também diminuirá o salário mínimo em 22%, segundo o rascunho do documento sobre o acordo firmado entre os líderes, que foi obtido ontem pela imprensa. Ambos lados devem se resignar de não poderem reagir de forma diferente, mais altiva e incisiva. Cada um por seus motivos. Vamos conviver com essa “lenga-lenga” por um bom tempo.

Assessoria Técnica

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Duas notícias vão abalar a Páscoa

Duas novidades devem sacudir o mercado nesta Páscoa:

1.         A indústria de chocolates prevê lançar 90 novos produtos entre ovos, colombas e caixas de bombons;

2.         O brasileiro não come muito chocolate.

Na realidade, o início desse texto é irônico, e não visa gerar nenhum espanto nos leitores. Claro, na Páscoa é natural que as empresas em disputa criem vários produtos novos, ou versões renovadas de produtos antigos, mas quem ler com atenção vai perceber que, no final do dia, ainda se tratam de ovos, colombas e bombons, como era em 2011, ou em 1950. De outro lado, o consumo per capita de chocolate no Brasil é realmente baixo, quando comparado com a Europa, por exemplo: enquanto o brasileiro consome cerca de 2,2 quilos por ano, na Europa essa média atinge mais de 6 quilos. Também não é grande surpresa, dado que o europeu tem um nível de renda um pouco maior do que o brasileiro, e devemos levar em conta que o clima aqui não estimula tanto o consumo de doces e chocolates como nos Alpes Suíços.
O importante, no entanto, é entender como os comerciantes estão se preparando para a Páscoa e quais as perspectivas. Isso sim é relevante, até porque a Páscoa é a primeira data comemorativa do ano, e será um bom termômetro para antecipar o ânimo dos consumidores convertido em compras em 2012. Especialistas no setor esperam crescimento de 25% a 30% nas vendas de chocolate neste ano. Se esse número se concretizar, certamente poderemos começar a pensar em novos números para o desempenho do ano. Sendo ou não o crescimento desta magnitude, uma informação já pode ser tirada: a expectativa é positiva.

Ao longo do primeiro semestre, três datas são relevantes para o Comércio: Páscoa, Dia das Mães e Dia dos Namorados. Claro, isoladamente essas datas não podem carregar a responsabilidade de imprimir o ritmo do ano a todo varejo, porém para os setores diretamente afetados (chocolates e doces na Páscoa e vestuário e eletros no Dia das Mães e Namorados) o desempenho pode ser decisivo para o resultado do semestre e, talvez, do ano. Mais ainda, bons resultados  nesses setores diretamente envolvidos, provavelmente são termômetros da economia, ou seja, do emprego, da renda e da confiança. Portanto, o desempenho nas datas comemorativas tem que guardar correlação com o desempenho econômico geral. Dificilmente a economia está em recessão e ao mesmo tempo o desempenho das datas comemorativas é bom, ou vice-versa. Por isso, a primeira data, a Páscoa, é esperada com certa ansiedade pelos analistas.

Assessoria Técnica

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Mercado eleva estimativas para PIB e inflação

Os mercados estão apostando em um PIB crescendo 3,30%, um pouco mais do que os 3,27% previstos anteriormente. Para o IPCA a aposta subiu de 5,28% para 5,29%. Na realidade os movimentos entre uma projeção e outra foram muito modestos, mas indicam que gradativamente as projeções do mercado, divulgadas no boletim Focus do Banco Central (http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/readout.asp) estão convergindo para o mesmo patamar das projeções feitas pela FecomercioSP no final de 2011. 

A FecomercioSP no final de 2011 divulgou suas expectativas para este ano. Na realidade não temos a pretensão de acertar na segunda casa decimal. A rigor, não temos precisão e não acreditamos que alguém chegue a essa sofisticação. Exatamente por isso traçamos um cenário básico, que consideramos ter mais de 80% de chance de ocorrer e outros alternativos para melhor ou para pior, com menos de 10% de chance para cada um.


Em se tratando apenas do cenário provável, na realidade o risco está na necessidade de novas projeções mais elevadas tanto para a inflação quanto para o PIB. Os técnicos da FecomercioSP ainda estão bastante confortáveis com a projeção do IPCA, mas começam a identificar sinais que podem pressionar o crescimento um pouco para cima. Ao final do primeiro trimestre provavelmente serão feitos ajustes nas projeções e a tendência é de melhorar a projeção do PIB, reduzir um pouco o déficit em contas correntes e elevar a aposta para a balança comercial. Enquanto isso, vamos acompanhando o desenrolar dos fatos.

Assessoria Técnica

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Espaço para cair

Uma análise mais detida sobre os números do PIB e das principais atividades econômicas no Brasil, no Estado de São Paulo e na capital paulista, mostra que o processo de transformação econômica favorável ao setor de Serviços ainda tem um longo caminho a ser perseguido. Foram inúmeros os artigos e estudos escritos no âmbito da FecomercioSP que justificam a adoção de uma nova política econômica no Brasil que, em primeiro lugar, dê ao setor terciário o status que o setor merece. Em segundo lugar, que pense em um novo modelo educacional no Brasil que contemple as alterações dinâmicas e as necessidades do mercado de trabalho, ao invés de apenas reformar um modelo de conceito antigo, que foi adequado para o Brasil industrial pós Getúlio Vargas. O quadro abaixo mostra como a participação do setor de Serviços cresce na medida em que o PIB/Capita aumenta.
Neste sentido, o título é voltado para a constante – e recente – disposição do setor industrial em pressionar o poder público para adoção de medidas protecionistas, ou mesmo pelo seu esforço em capturar os formuladores de políticas econômicas. Esse fato fica evidenciado pela enorme distorção no fomento que o BNDES, por exemplo, faz ao setor Industrial em detrimento do setor de Serviços.  A indústria hoje representa menos da metade do emprego e do produto nacional que é gerado no terciário. Ou seja, as políticas tradicionais e protecionistas, além de prejudicarem o andamento da economia em seu todo e de reduzirem o bem-estar dos consumidores que se veem com menos opções e pagando mais caro, são, no final do dia, ineficazes e ineficientes. Essas políticas protecionistas, voltadas ao tradicional conceito de economia industrial, apenas atrasam o inevitável: o avanço do setor mais dinâmico da economia, em paralelo ao aumento de renda e consumo.  Por isso mesmo, podemos dizer que ainda há espaço para a indústria ver sua participação na composição do PIB cair.
Nos Estados Unidos, onde a indústria representa 22% do PIB e o setor de Serviços mais de 76%, o PIB per capita é, em termos arredondados, R$ 90 mil. No Brasil, o PIB per capita é de R$ 21 mil, no Estado de São Paulo R$ 34 mil, e na capital de R$ 44 mil. Parece evidente que, quanto maior a renda local, maior a participação do setor terciário no PIB. A relação causal é difícil de estabelecer. O setor de Serviços cresce por que a renda é alta ou a renda é alta porque o setor de serviços é preponderante na região? Essa pergunta tipo “Economia Tostines” tende a ser respondida assim: na realidade os fenômenos ocorrem em paralelo. Portanto, se o Brasil hoje tem um setor industrial que responde por 27% do PIB e Serviços respondendo por 67% do PIB, é bom imaginar o futuro próximo (o início da próxima década, provavelmente) com uma participação do setor industrial menor do que 25% e contar com mais de 70% do produto sendo gerado no setor terciário.

O crescimento da renda sofistica o consumo, e esse novo consumidor, depois de se abastecer de produtos agrícolas básicos (na feira) de estar com a casa repleta de bens duráveis e com um carro na garagem, vai aumentar significativamente seu consumo de lazer, planos de saúde, academias, educação, cinema, teatro, TV a Cabo, Internet, Telefonia Móvel entre outros serviços.
 

Assessoria Técnica

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Muito mais do mesmo

Agora são cinco semanas seguidas de altas no Ibovespa, que acumula no ano crescimento de quase 15% e as mesmas cinco semanas de queda no dólar. Na realidade o que ocorre no câmbio é a alta do real, pois a nossa moeda se valorizou frente a todas as outras e não somente frente ao dólar. Nossos boletins vinham alertando para esse comportamento há bastante tempo, dois meses ao menos. Vamos aos motivos:
Para o Ibovespa:
1.         O País continua a receber forte fluxo positivo de investimentos estrangeiros, sejam diretos, sejam em portfólio;

2.         A tendência de juros é efetivamente de baixa;
3.         O risco Brasil é baixíssimo e o País encontra condições macroeconômicas melhores do que quase todos outros países do mundo;

4.         Em termos de economia com mercado interno robusto, o Brasil hoje disputa apenas com a China (e vai começar a disputar um pouco mais com a Índia) a preferência dos investidores;
5.         As empresas de diversos setores (energia, varejo, imobiliário, bancário e commodities) devem ter desempenho positivo nos próximos anos;

6.         O ambiente externo é ruim, principalmente na Europa, mas pouco a pouco a percepção é de baixo grau de contágio no Brasil. Além disso, nossa aposta é de que a Europa perturbe o cenário de vez em quando, mas não vemos nenhuma ruptura do Bloco ou do Euro no meio do caminho.
Para o câmbio grande parte das explicações se mantém. O fluxo de recursos externos, pelo Brasil ser um país com tendência de crescimento elevado com mercado interno robusto e pela fraqueza de outras economias importantes no momento, tende a ser muito positivo, o que valoriza o Real. Exatamente por isso, em todas as intervenções que o governo fez para desvalorizar nossa moeda, nossas análises apostavam na ineficácia das mesmas. Não dá para combater a maré remando sozinho. Entendemos que para a indústria, o momento não é bom, mas adotar medidas protecionistas por um lado e de intervenção no câmbio de outro, somente vão retardar o inevitável, e ainda vão causar forte dano e atraso para o resto da economia. Os ganhos de competitividade que o País pode e deve perseguir estão na educação, na redução da carga tributária, na queda dos juros, e nunca no IOF e no Imposto de Importação ou nas normas burocráticas alteradas diariamente. Já se passa mais de um ano que esse tem sido o caminho adotado pelas autoridades, e os efeitos deveriam ter servido de alerta: não vai funcionar, apesar de criar um ambiente de incertezas indesejável.

A maré deve continuar em média positiva, mas devemos sempre ter atenção para as possíveis realizações de lucros nas bolsas e para novas medidas do governo tentando conter o câmbio. No curto prazo esses fenômenos podem afetar o desempenho dos mercados, mas no longo prazo acreditamos que o Ibovespa será positivo e o Real deve se manter valorizado.

Assessoria Técnica

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Fazendo negócios no Brasil

A FecomercioSP tem como um de seus objetivos o acompanhamento do ambiente de negócios do País e a proposição de medidas que possam melhorar efetivamente as condições para que se abra, gerencie e mantenha uma empresa geradora de empregos e renda. No final do dia, o que interessa é um mercado interno pujante, com muitas e boas empresas e muitos e bons empregos. Neste sentido, a FecomercioSP é parceira da Brasil Investimentos e Negócios (BRAiN) e lidera o Grupo de Trabalho Doing Business, cuja única finalidade é estudar, diagnosticar e tentar propor melhorias ao ambiente de negócios que hoje existe no País.
Não existe instrumento ideal para avaliar as condições relativas de negócios em diversos países. Por isso, escolheu-se como ponto de partida o relatório Doing Business do International Finance Corporation do Banco Mundial (IFC), que avalia mais de 180 países sob os seguintes focos:

1.         Abertura de Empresas

2.         Licenças para Construção

3.         Registro de Propriedade

4.         Obtenção de Crédito

5.         Proteção a Investidores

6.         Pagamento de Impostos

7.         Comércio Internacional

8.         Cumprimento de Contratos

9.         Fechamento de Empresas

Para cada uma dessas dimensões são avaliados diversos itens. Essa avaliação é feita por empresários e analistas em atuação no país avaliado, ou seja, são brasileiros ou estrangeiros que avaliam o País, com a condição básica de que os mesmos estão atuando aqui. Analisando cuidadosamente o relatório do IFC chegamos a duas conclusões principais:

1.         O Brasil tem muito a fazer para que seu ambiente de negócios seja compatível com seu tamanho, com sua importância e com sua necessidade;

2.         Os resultados referentes ao Brasil no relatório Doing Business (Fazendo Negócios) não condizem exatamente com as nossas condições.

Na realidade, o Brasil pode e deve melhorar em vários aspectos das nove dimensões listadas, como, por exemplo, facilitar a abertura e o encerramento de uma empresa, garantir maior proteção ao crédito e reduzir os entraves para importar e exportar. Nesse sentido, a FecomercioSP já conta com alguns projetos que, de forma bastante simples, podem contribuir para minimizar os entraves que todo empresário conhece. De outro lado, a entidade busca também o equacionamento do entendimento real das condições de negócios no Brasil. Certamente, o País não conta com o cenário ideal, mas o relatório internacional Doing Business, na visão do Grupo de Trabalho encabeçado pela FecomercioSP, em várias dimensões não condiz com os fatos. Por exemplo, no caso de proteção aos investidores minoritários, o Brasil deu passos muito grandes desde 2007, criando várias leis e procedimentos que garantam à parte mais fraca de uma sociedade seus direitos e que também aumentam o grau de transparência da gestão das empresas perante seus pequenos sócios. Mesmo assim, a avaliação do País nos últimos cinco anos permaneceu estática, quando a rigor o cenário de fato mudou para melhor e muito em relação à situação pré 2007.
A pequena empresa pode se beneficiar de uma melhoria do ambiente de negócios. A princípio os trabalhos da FecomercioSP em parceria com a BRAiN no projeto do Grupo de Trabalho Doing Business visam exatamente garantir que se façam mais e melhores negócios no Brasil, que, no final de contas, será bom para todos. A aparente sofisticação dos projetos e o aparente foco em grandes empresas e no setor financeiro e de Bolsas acabam por tornar mais opaco o objetivo final que é, sim, criar um ambiente mais favorável ao empreendedorismo para todos os brasileiros e, principalmente, para a pequena empresa que pouco ou nada tem como se defender da massiva burocracia, dos abusivos tributos e da falta de condições de se manter em operação.
 

Assessoria Técnica

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A BRAiN e o ambiente de negócios

A Brasil Investimentos e Negócios (BRAiN) tem como seu principal foco tornar o Brasil um grande polo de negócios, com especial atenção à capital financeira do País, São Paulo. A capital paulista já é, sem dúvida, um dos grandes portos de atração para investimentos, negócios, eventos e empresários/empresas. Todavia, o resultado ainda está muito aquém do potencial, dado que, por exemplo, a Bolsa de São Paulo não é o ponto focal para quem quer investir em ações de países da América do Sul. Por enquanto, os não chilenos que quiserem investir em ações de empresas listadas na Bolsa de Santiago, terão que fazê-lo por meio de Nova Iorque, o que não faz sentido estratégico e reduz o grau de liderança brasileira no continente. O ideal da BRAiN é justamente tornar São Paulo – e por consequência o Brasil – no hub de negócios para a América do Sul, e, quem sabe, para todo Hemisfério Sul. Condições econômicas, estratégicas e geográficas para isso existem.

O objetivo de aproveitar o bom momento do País em termos de crescimento e reconhecimento internacional para tornar o Brasil uma economia que realmente premia e estimula o empreendedorismo, com melhores condições para grandes, média e pequenas empresas, é totalmente coincidente com as diretrizes da FecomercioSP.  No momento em que o Brasil se tornou um dos maiores receptores de investimento estrangeiro direto do mundo (recebeu mais de US$ 60 bilhões líquidos em 2011, ficando atrás somente da China), é bastante razoável que almejemos uma posição estratégica e de destaque como liderança regional, e, em alguns casos, mundial, como por exemplo, na produção de commodities agrícolas.
A FecomercioSP busca conduzir o setor empresarial de forma agregada como entidade de classe ou individualmente (para empresas de qualquer segmento) de forma a que se obtenha o melhor resultado possível. Também atua, mediante padrões científicos e pesquisas, para melhorar efetivamente o arcabouço legal que hoje é muito hostil ao investimento produtivo privado. Suas várias pesquisas com empresários e consumidores, as análises e seu corpo técnico estão sempre pensando nos negócios e nos resultados do empresariado do setor de comércio, serviços e turismo paulista. Por extensão, a FecomercioSP pensa no empresariado brasileiro de todos os setores. Exatamente por isso e, por perceber a sinergia entre os objetivos da BRAiN e seus próprios, é que a FecomercioSP participa de diversos Grupos de Trabalho voltados a ampliar as vantagens brasileiras, reduzir os entraves de negócios e encampar o objetivo de ver São Paulo – e o Brasil – liderando um grande bloco de economias no Século 21.

Neste momento, a FecomercioSP participa de Grupos de Trabalho (GTs) de imagem, jurídicos, de gerenciamento e desenvolvimento de talentos, e principalmente do GT Doing Business. Vale ressaltar que os Grupos de Trabalho têm, como principal função implementar ou encaminhar soluções para os problemas, e não somente diagnosticá-los, ou seja, o foco é essencialmente pragmático, muito pouco consultivo. Os desafios, assim como o esforço empreendido, é enorme, e a FecomercioSP espera angariar o máximo de apoio possível para essa tarefa que colocará a economia brasileira no patamar merecido de destaque global.

Assessoria Técnica

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

São Paulo ainda é o motor de nossa economia

O PIB mundial ronda a casa dos US$ 50 trilhões, o que faz com que os Estados Unidos sejam responsáveis por cerca de 30% de todas as riquezas geradas no planeta. O PIB brasileiro está atingindo a casa dos US$ 2,3 trilhões e, deste total, o Estado de São Paulo representa 1/3. De forma geral, podemos dizer que o Estado de São Paulo representa para o Brasil o que os Estados Unidos representam para o mundo. Isso traz uma série de consequências bastante importantes:

1.    A inércia de São Paulo, crescendo ou estagnado, é de fato o que conduz o País;
2.    Quando São Paulo cresce, é mais fácil de irradiar esse efeito para o Brasil, mas quando São Paulo está estagnado, há poucas probabilidades de algum outro Estado isoladamente suprir essa falta de crescimento;

3.    O setor de serviços de São Paulo é extremamente relevante para toda a economia brasileira;

4.    As políticas de estímulo ao desenvolvimento deveriam, então, partir de São Paulo para o País e ter como foco o setor de serviços.
 

O quadro abaixo mostra como está dividido o PIB da capital e do Estado de São Paulo e dos Estados Unidos. Até mesmo a participação de cada setor na economia guarda muita semelhança entre São Paulo e EUA.


Esses dados mostram que a riqueza está sendo gerada em todos os setores, e não há porque mais se falar apenas em política industrial de fomento aos tradicionais “campeões” da década de 1970. Se o BNDES quiser modernizar o País e alavancar emprego, renda e distribuição de bem-estar terá que, antes, modernizar a si mesmo. As políticas públicas de desenvolvimento e os focos de financiamento terão, necessariamente, que passar pelo setor de serviços e também devem olhar com maior atenção para o Estado que mais gera renda, emprego e PIB em qualquer setor da economia.

Assessoria Técnica

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Agrícola em foco

Como era de se esperar, tudo indica que os preços dos alimentos não recuarão no curto prazo para algumas safras. Isso porque as perdas ocasionadas por condições climáticas pouco favoráveis fizeram com que os preços do milho, por exemplo, sinalizassem alta no mercado interno. Com a escassez de chuvas na Argentina, a colheita por lá também deve sofrer retração. Por outro lado, a ocorrência de chuvas em janeiro nas lavouras do sul do país, contribuiu para o desenvolvimento dos grãos que estavam sofrendo com a estiagem e ainda favoreceu o controle de pragas - que vinham se proliferando de forma acelerada e encarecendo os custos para o produtor combatê-las.

Todavia, as estimativas da Oil World para a produção de soja na América do Sul não são muito animadoras, por conta da estiagem - que não é um problema exclusivo da região Sul do Brasil. Se não houver chuvas em volumes apropriados em janeiro e fevereiro, o que poderia amenizar o quadro, as perdas definitivas podem se ampliar de forma significativa. A questão é que produtos como milho e soja fazem parte da cadeia produtiva de outros itens, como a carne, o leite e seus derivados, já que são utilizados com ração animal.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA / ESALQ / USP) revelou que em 2011 os produtores de leite conseguiram escoar sua produção com preços acima dos vistos em 2010. Contudo, isto não implicou em maiores lucros já que os custos da ração animal (milho e farelo de soja) aumentaram de maneira significativa. No varejo os preços dos leites e de seus derivados seguem, naturalmente, a mesma tendência. Em 2012, nas regiões em que houve chuva, os preços recuaram levemente, pois as pastagens foram recompostas, entretanto, nas regiões em que a seca foi mais severa, os custos continuam elevados e a captação do leite segue em queda frente a 2011.

E o Brasil volta a exportar carne suína e carne de aves para a Rússia, já que alguns exames exigidos pelas autoridades sanitárias daquele país aprovaram o produto brasileiro, finalmente. Basta saber se a produção interna continuará sendo competitiva e se haverá demanda para atender este novo mercado. Enfim, é bom lembrar que as chuvas de janeiro não causam somente problemas, mas também beneficiam algumas safras, como a de café. O período da chuva foi favorável ao desenvolvimento dos pés e as lavouras evoluem de forma satisfatória, sem sinais de perda ou pragas até o momento. Ou seja, de modo geral as pressões de preços sobre alimentos ainda vão nos incomodar no primeiro trimestre do ano, apesar de que os prognósticos para o período posterior estão melhorando gradativamente.

Assessoria Técnica

Gestão familiar – Dicas para a compra de material escolar

Após o período de festas de fim de ano, o consumidor começa a se preocupar com os pagamentos de contas contraídas anteriormente. As principais despesas dessa época estão relacionadas ao pagamento de impostos e das dívidas contraídas no final do ano passado.

Além disso, as matrículas escolares e a compra de material escolar também acabam comprometendo ainda mais o bolso dos consumidores, que devem ser mais cautelosos, principalmente na compra do material escolar, evitando um maior endividamento.

Diante desse cenário, para que os consumidores possam economizar nessa época do ano e evitar um endividamento maior de sua renda, seguem algumas dicas:

Material do ano anterior

Verifique o material usado no ano anterior e veja a possibilidade de reaproveitá-los, para não haver a necessidade de comprar outro. Os livros didáticos também podem ser reaproveitados; antes de comprar novos, tente promover uma troca de livros com os alunos de outras séries.

Pesquisa de preços

Na hora da compra pesquisar preços é indispensável para quem quer economizar. É importante pesquisar em pelo menos três estabelecimentos antes de realizar a compra. Sempre com a lista dos materiais em mãos compare os preços para pagamento à vista e o prazo em caso da compra ser parcelada.

Realizar compras em conjunto

Quando o volume da compra é maior, pode ser mais fácil negociar descontos ou prazos para pagamento. Por isso, se possível, reúna um grupo de pais e tente negociar a possibilidade com os estabelecimentos.

Materiais desnecessários

Geralmente os produtos da moda, com personagens e logotipos possuem o preço mais elevado. As ações de marketing influenciam, principalmente, as crianças e nem sempre o material mais sofisticado é o melhor ou o mais adequado. Evite-os.

Compras pela internet

A compra pela internet pode ser uma boa alternativa. Com o crescimento do comércio eletrônico, o consumidor pode encontrar preços mais baixos do que nas lojas de ruas ou shoppings. Porém, deve ficar atento ao prazo de entrega dos produtos e procurar realizar a compra com antecedência.

Informações sobre o produto

As embalagens dos produtos devem sempre apresentar informações claras a respeito da composição, prazo de validade, a respeito do fabricante ou importador e se têm algum tipo de risco ao estudante. 

O consumidor deve ficar atento e sempre exigir que o comerciante forneça a nota fiscal, pois em caso dos produtos adquiridos apresentarem algum problema, será necessário apresentá-la.
Enfim, para realizar a compra do material é importante que o consumidor faça um detalhamento de todo o seu gasto mensal, assim poderá visualizar melhor quanto do orçamento estará disponível para gastar na lista de materiais e começar o ano com uma organização financeira e com menos dívidas.