São Paulo é uma das maiores cidades do mundo, com mais de 11 milhões de habitantes, 6 milhões de automóveis e 3,5 milhões de moradias. Qualquer número que se levante na cidade será astronômico. Esse gigantismo acaba por reduzir a qualidade de vida de muita gente que se espreme no transporte público, fica parada nos congestionamentos, teme com a insegurança e convive com uma série de problemas.
Por outro lado, a cidade reserva grandes atrativos, não só para conquistar como para manter tanta gente. Em termos de oportunidades de trabalho, de lazer, diversão e gastronomia a cidade é um caso à parte também, e poucas no mundo podem ostentar a diversidade paulistana.
Até há pouco tempo, coisa de meia década, morar em São Paulo era muito barato. A rigor, ser barato ou caro é uma condição relativa. São Paulo era uma cidade barata de se viver quando comparada com outras grandes cidades do mundo: Londres, Tóquio, Paris e, a nossa preferida para comparações, Nova York.
Na realidade, já faz mais de uma década que os preços de serviços vêm subindo fortemente em São Paulo, o que fazia com que o custo de vida lentamente convergisse para o padrão dessas cidades globais. Ainda assim, o custo de moradia e estadia sempre foi muito mais barato.
Na realidade, já faz mais de uma década que os preços de serviços vêm subindo fortemente em São Paulo, o que fazia com que o custo de vida lentamente convergisse para o padrão dessas cidades globais. Ainda assim, o custo de moradia e estadia sempre foi muito mais barato.
Nos últimos cinco anos, dois fenômenos contribuíram para tornar São Paulo quase tão cara quanto Nova York: o boom imobiliário mais do que dobrou os preços de imóveis e de aluguéis, bem como as tarifas hoteleiras. Ao mesmo tempo, ironicamente, os Estados Unidos passaram por uma forte crise econômica, com epicentro no mercado imobiliário, que fez despencar preços de imóveis e de quartos em hotéis, principalmente em grandes cidades como Nova York. Desta forma, cidades como Londres, Tóquio e Paris, apesar de sofrerem também com a crise, tiveram ajustes mais modestos e continuam com um custo de vida muito acima de São Paulo e hoje, de Nova Iorque também.
A tabela acima simula um dia em Nova York e em São Paulo. Os preços expostos são de situações semelhantes e padrões semelhantes, como, por exemplo, o hotel escolhido para a comparação em São Paulo é o Formule 1 da região dos jardins e em Nova York o Ramada na Av. Lexington. O custo de vida isolado da hospedagem/moradia já é maior em São Paulo, principalmente no quesito alimentação, enquanto que transporte e diversão ainda são mais caros na metrópole americana.
O fato de morar ou ficar em hotéis estar custando quase a mesma coisa nas duas cidades é algo impressionante, pois essa evolução de preços em São Paulo chega a assustar. Quando fazemos o ajuste pela renda per capita, percebemos que a capital paulista hoje é muito mais cara do que Nova York e se torna comparável às grandes cidades europeias. Nossa renda per capita é 1/3 da nova iorquina, mas nossos preços já chegaram lá. Não seria melhor ter primeiro empatado na renda per capita e depois nos preços?
O fato de morar ou ficar em hotéis estar custando quase a mesma coisa nas duas cidades é algo impressionante, pois essa evolução de preços em São Paulo chega a assustar. Quando fazemos o ajuste pela renda per capita, percebemos que a capital paulista hoje é muito mais cara do que Nova York e se torna comparável às grandes cidades europeias. Nossa renda per capita é 1/3 da nova iorquina, mas nossos preços já chegaram lá. Não seria melhor ter primeiro empatado na renda per capita e depois nos preços?
Nenhum comentário:
Postar um comentário