O início do ano está sendo marcado por eventos absolutamente singulares: um movimento praticamente revolucionário no norte da África e no Oriente Médio e uma catástrofe natural sem precedentes na segunda maior economia do mundo.
Nenhuma análise seria completa sem que se colocassem sob o prisma esses eventos. No Oriente Médio por causa do petróleo, que ainda é uma fonte insubstituível de energia no curto e médio prazo. No Japão, porque é uma das maiores economias do mundo. Nenhuma economia ficará impune a esses eventos, para bem ou para mal.
Já havíamos alertardo de que os preços do petróleo voltariam a cair ao longo do tempo, fosse qual fosse o destino da Líbia (que atualmente enfrenta uma situação de quase guerra civil). Quanto ao Japão, neste momento, depois do terremoto, do Tsunami, temos a tragédia do risco de acidente nuclear.
Fica muito difícil entender a economia e fazer projeções de curto prazo, mas acreditamos que é possível falar algo sobre o longo prazo. A economia japonesa é forte, a despeito do crescimento lento das duas últimas décadas. A necessidade de reconstrução fará com que o país acelere investimentos, o que deve também acelerar a economia oriental a partir do final deste ano. Claro, um acidente nuclear mais sério mudaria totalmente esse panorama, mas vamos trabalhar com a hipótese menos pessimista (que é nossa torcida também). Quanto ao petróleo, vai reagir para cima e para baixo no curto prazo, mas voltamos a insistir que os países produtores de óleo basicamente não têm mais nada em sua economia, portanto, terão que normalizar o fornecimento. Portanto, por incrível que pareça, por enquanto esses dois fenômenos raros não mudam muito as projeções econômicas do ano, até o momento.
Assessoria Técnica
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