segunda-feira, 30 de maio de 2011

PIB Americano cresce pouco e desemprego aumenta

O Produto Interno Bruto (PIB) americano estimado do primeiro trimestre de 2011 cresceu 1,8% em relação ao mesmo período de 2010. O mercado esperava uma expansão um pouco maior, de 2%, o que já não seria nenhuma maravilha. Para completar as notícias da semana nos Estados Unidos, a procura por seguro desemprego cresceu: mais 10 mil trabalhadores desocupados deram entrada no seguro, mantendo o total de beneficiados em 400 mil, um patamar muito elevado para os padrões da economia mais poderosa do mundo. Não são notícias exatamente boas, mas é necessário lidar com elas.
Para aliviar um pouco a tensão que se criou com mais uma rodada de dados desanimadores (não são dados catastróficos, mas desestimulam quem espera há meses por um sinal de recuperação), o desempenho das empresas norte-americanas, principalmente as voltadas para o varejo, foi superior ao esperado. Tradução geral: os Estados Unidos ainda não dão sinais de uma recuperação robusta, porém já existem evidências de que de fato o pior ficou para trás. No final da tarde de ontem, o humor no mercado americano melhorou (influenciando outros mercados como o do Brasil) e o dia terminou melhor do que começou.
Previsão: não há como fazer uma previsão muito precisa para a maior economia do mundo, mas podemos apostar que, ao final do ano, o Federal Reserve (banco central americano) estará emitindo sinais de que as taxas de juros de curto prazo irão subir, após um longo período praticamente no chão (0,25%).
No Brasil, o quadro é um pouco diferente. O mau humor tem aumentado com o desempenho econômico (ou com a percepção desse desempenho), porém nesta semana os dados de desemprego deram um alívio. Ao contrário dos EUA, o País caminha para uma desaceleração certa. Porém, a divulgação da taxa de 6,4% de desemprego pelo IBGE, a menor da série para um mês de abril, deu uma folga a esse mau humor que está se tornando crônico. O prognóstico no Brasil é o seguinte: dias de chuva com algumas trovoadas em 2011, bom tempo em média nos próximos anos.
Apesar do ajuste deste ano, as condições globais favorecem a posição brasileira por mais alguns anos, talvez muitos deles. A despeito de todas as falhas que impedem o País de elevar substancialmente sua competitividade. Tomemos isso como um bom sinal: estamos crescendo mesmo com essas amarras. Imaginem o dia em que o governo resolver arregaçar as mangas e fazer algumas reformas, ainda que parciais...
Assessoria Técnica

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