A revista Forbes divulgou, no último dia 17, a lista dos bilionários pelo mundo. São ao todo 1210 bilionários (pessoas com patrimônio pessoal superior a US$ 1 bilhão) no mundo, e desses, 21 se encontram em São Paulo. Ano passado eram 14. A cidade com o maior número de bilionários no mundo é Moscou, com 79 bilionários (em 2010 existiam 21 na capital russa, antiga meca do comunismo). Nova Iorque conta com 59 pessoas. Em parte o aparecimento de tantos bilionários em cidades como São Paulo, Moscou e México, se deve à desvalorização do dólar, que eleva a riqueza contábil de pessoas nessas regiões. Mas também há o efeito do crescimento rápido dos BRICs, que também fez crescer o número de bilionários na China, que tem sua moeda atrelada ao dólar.
No caso de São Paulo, apesar do número aumentar de 14 para 21 em apenas um ano, praticamente todos os listados são velhos conhecidos de nossa sociedade. Capitães da indústria (Antônio Ermínio de Moraes) do comércio (Abílio Diniz) ou do setor financeiro (José Safra e Jorge Paulo Lemann) são figuras solenes e recorrentes nas listas dos homens mais ricos do Brasil e do mundo. Esse número representativo de bilionários, e de líderes empresariais, em São Paulo deve ser motivo de comemoração. Tradicionais que são, estão gerando renda e emprego (muitos outros bilhões em renda) para muitas famílias, há muitos anos. Nos casos citados, a fama dos nomes como empresários bem sucedidos remonta a mais de 50 anos de história cada um ou dos seus grupos empresariais.
Infelizmente, no Brasil, ser rico é quase um sinônimo de viver em pecado. Normalmente não se exaltam as qualidades dos ricos, e sim a sorte ou possivelmente suas atividades miticamente escusas. Desqualificar a riqueza é quase um esporte nacional, que parece aliviar um pouco da inveja de quem não atingiu tal sucesso. Mas é essa compreensão distorcida do sucesso que, em parte, atrasa ou limita o crescimento do País. A cidade de São Paulo deve se sentir orgulhosa de ter o maior número de bilionários (e milionários) do País. Mais orgulho ainda do crescimento desse número, porque certamente a evolução destas fortunas, quase todas vinculadas a grupos e setores muito tradicionais, espelha também a evolução do emprego, da economia da cidade, que mostra ser ainda muito pujante. Não é à toa que aqui vivem, trabalham e se divertem muitos dos homens e mulheres de sucesso do Brasil.
Essa concentração também é um indicativo de que São Paulo continua a ser um excelente porto para investimentos. O enorme mercado consumidor de 11 milhões de pessoas na cidade (mais de 20 milhões ao redor da capital) ainda inspira novos negócios, novas aventuras que simbolizam o florescer econômico de um dos BRICs. Os números da capital paulista sempre se agigantam, e não seria diferente com a lista de pessoas de sucesso, qualquer que seja esta lista. Essa condição privilegiada de São Paulo ao seu dinamismo econômico também é garantia de que, ao longo dos próximos anos, a cidade estará recebendo mais e mais investimentos e investidores, e se consolidará como um ponto focal de investidores, negócios e lazer no hemisfério sul. Tomara que, em 2012, o número de bilionários dobre, pois isso dobrará a chance que cada um de nós terá de trabalhar para um deles. Viva o sucesso de São Paulo, porque é, em parte, o sucesso do Brasil.
Assessoria Técnica
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