sexta-feira, 6 de maio de 2011

Análise do IPCA e do INPC de abril

A Assessoria Técnica da Fecomercio realizou uma análise do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), índices apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Confira:

IPCA

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) manteve sua trajetória de elevação acusando incremento de 0,77% em abril frente aos 0,79% detectados em março de 2011. Em fevereiro o indicador havia registrado incremento de 0,80%. Com este resultado o indicador atinge 3,23% no acumulado do ano e 2,38% no trimestre (fevereiro, março e abril). Em 12 meses o indicador começa a mostrar sinais de que o cumprimento da meta de inflação fica mais custoso, pois ironicamente já ultrapassou a meta em 0,01%, alcançando 6,51% - a meta estipulada é de 4,5% com margem de dois pontos percentuais para cima e para baixo.

As maiores pressões foram percebidas em Transporte (1,57%), Vestuário (1,42%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,98%), Habitação (0,77%) e Alimentação e Bebidas (0,58%). O único grupo que finalizou abril com recuo foi o de Artigos de Residência, cuja queda notada foi de 0,62%.

O segmento de Transportes enfrenta problemas por conta da entressafra da cana-de-açúcar, que passou a pressionar fortemente as variações dos combustíveis. Com a proximidade do início da safra, a tentativa de antecipar a moagem para conter os preços e a alteração da composição da gasolina – que passa a ter de 18 a 20% de álcool anidro ao invés de 20 a 25% - o grupo deve sofrer pressões menos expressivas.

Entretanto, especialistas do setor garantem que o descompasso entre oferta e demanda tende a manter os preços elevados por um período maior. Os maiores aumentos ocorreram nas regiões de Curitiba (1,23%), Porto Alegre (1,04%), Goiânia (0,90%), Rio de Janeiro (0,82%) e São Paulo (0,79%).

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) finalizou abril com alta de 0,72%. Em março, o indicador havia acusado variação positiva de 0,66%. O INPC acumula em 12 meses 6,30% e alta de 1,93% no último trimestre (fevereiro, março e abril). Em 2011 já atinge incremento de 2,89% de variação.

O resultado foi influenciado pelas elevações ocorridas em Vestuário (1,37%), Transporte (1,17%), Saúde e Cuidados Pessoais (1%), Habitação (0,74%) e Alimentação e Bebidas (0,63%). As maiores pressões regionais foram em Curitiba (1,24%), Porto Alegre (0,82%), São Paulo (0,81%), Rio de Janeiro (0,73%) e Goiânia (0,69%).


Assessoria Técnica

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