No caso específico das commodities que o Brasil exporta, os produtos que temos vantagens comparativas, houve um ajuste para baixo nos preços a partir de março ou abril, após os recordes históricos. Mesmo após 4 ou 5 meses de quedas, os preços médios se mantinham em patamares elevados, bem acima da média de 2010, por exemplo, que já havia sido um bom ano para esses produtos (a rigor, o ano havia sido bom para os produtores). A combinação atual de desvalorização cambial moderada a forte, rápida, e a manutenção do consumo global mais ou menos inalterado neste mesmo prazo, fez com que houvesse recuperação interna fantástica de preços. O setor e seus stakeholders são os campeões de setembro. Os gráficos e o quadro abaixo facilitam essa compreensão:
Como fica evidente, os preços em setembro aceleraram com forte inclinação, isso quer dizer que houve efeito quase imediato da desvalorização cambial sobre os preços em reais. Em média, houve alta de 8%. Esse resultado, apesar de gerar os campeões no segmento, no fundo minimiza efeitos ruins da crise econômica internacional sobre o Brasil, justamente por produzir riquezas internas que, de uma forma ou de outra, serão distribuídas entre a sociedade.
Assessoria Técnica
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