segunda-feira, 3 de outubro de 2011

As férias de fim de ano

Pior do que a alta do dólar, é que já estamos em outubro. Não dá mais tempo para alterar muita coisa em nossos planejamentos. Quem tinha planejado e já comprado pacotes turísticos internos, não vai sofrer os impactos diretos da alta do câmbio na sua viagem. Porém, muito provavelmente vai encontrar os locais mais cheios, porque uma parcela daqueles que iria para o exterior pode ter mudado de ideia. Bom para o turismo interno, ruim para os turistas em geral.

Mas vale a pena ficar pensando em tudo isso, quando estamos quase no final do ano? Bom, entre o melhor momento para o consumidor e hoje, as viagens internacionais encareceram entre 15% e 20%, ou seja, a cada R$ 1 mil que se pretendia gastar, haverá um adicional de quase R$ 200. O acréscimo não é pouco, mas é melhor fazer as contas antes de tomar uma decisão precipitada e alterar todo um planejamento. Para quem ia gastar R$ 10 mil numa viagem, o preço subiu para R$ 12 mil, e assim por diante.  Esse é o tamanho do “prejuízo” por conta do câmbio. Temos que ressaltar que, para quem já fechou algum contrato e pagou parte da viagem, cancelar pode ser um tremendo erro, porque existem eventuais multas e uma parte dos gastos já foi feita ao câmbio passado. Essas contas devem ser feitas antes de qualquer decisão.
Também é sempre interessante lembrar que, quem iria gastar muito, provavelmente tem uma situação financeira que permita arcar com essa alta do câmbio e gastar 15% ou 20% a mais, na pior das hipóteses. Para quem estava com o dinheiro “contado”, aí as coisas podem mudar de figura, mas, ainda assim, 15% ou 20% de muito pouco, também é uma quantia pequena.

Devido ao curto tempo e a todos os fatores listados, é provável que apenas uma parcela das pessoas decida trocar de planos e também é de se esperar que esses turistas indecisos estejam entre aqueles que queriam viajar para fora, mas não se adiantaram muito nesses planos e, portanto, os custos de alterar a viagem são apenas “emotivos”, e não financeiros. Quem tiver que mudar de planos, que o faça agora, para que ainda exista algum tempo para novos planos, ainda que mais modestos. Pior do que deixar de viajar para o exterior conforme planejado, seria trocar essa viagem por nada. A sensação de perda e frustração será maior para quem não for criativo na substituição de programas.
A dica para quem quiser se garantir é comprar os dólares antes da viagem e não gastar no cartão de crédito. A penalidade para estas pessoas é o risco de o dólar cair de preço depois de ter comprado “caro” a moeda. O lado bom é que os gastos da viagem não correm o risco de subir muito em um novo momento de repique da moeda americana. Cada um sabe onde o calo aperta, mas, a rigor, a melhor estratégia é mesmo a da tranquilidade. Não vale a pena estragar as férias pensando nisso e acompanhando a cotação da moeda.

Assessoria Técnica

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