sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Como as greves nos afetam no século 21 - No passado o poder de mobilização e os efeitos eram maiores

Neste momento os sindicatos dos Bancários e dos Correios estão engajados numa guerra de números com os empresários, sendo que os primeiros querem mostrar para a opinião pública um enorme grau de adesão à greve, enquanto os empresários se mostram pouco afetados. Esse jogo de números e de informações é velho e não produz nada de positivo ou efetivamente relevante. O que importa, para a sociedade, são os efeitos das greves, e, claro, seus méritos e suas demandas.

Em primeiro lugar, se essas duas greves estivessem ocorrendo em 1980, seria o caos para o consumidor e para as empresas. Ir ao banco todos os dias em tempos de elevada inflação e baixa inserção tecnológica era essencial para os negócios. Sem agências abertas e a atenção de seus funcionários, faltaria dinheiro vivo nos caixas, os pagamentos não seriam executados e ainda por cima os empresários e empregados não conseguiriam aplicar seus recursos no famoso over night. No caso dos Correios, não havia outras grandes opções para envio de correspondências e pequenas encomendas, ou seja, sem internet, sem e-mail, sem motoboys e sem UPS por aqui, tínhamos que recorrer à Empresa Brasileira de Correios.
Assim como o mundo, o Brasil mudou muito. Em parte essas mudanças são provenientes de pura evolução tecnológica. Mas, em grande medida também foram produzidas pela inserção do País no mercado global e pela abertura de mercados. Se, de um lado os trabalhadores têm como vantagens dessas mudanças a liberdade de expressão e a certeza de que não serão espancados por forças policiais nas manifestações, por outro lado as empresas e consumidores não ficam mais reféns de uma ou outra categoria. Um mundo plural é, em síntese, um mundo melhor. Temos mais opções para todos os gostos e soluções distintas para problemas conhecidos.

Essas greves, independentemente de seu mérito, vão afetar a população e as empresas apenas se forem extensas. Claro, algumas pessoas e empresas vão precisar efetivamente de algo que será totalmente prejudicado pelos movimentos, mas no curto prazo isso é marginal. Alertamos para os casos mais óbvios:
1.         Pagamentos de faturas e dívidas com data de vencimento próxima e que os boletos não chegaram aos destinos. Para esse problema é necessária à comunicação com os credores e emitentes ou a emissão de segunda-via pela internet (quase sempre possível).

2.         Saques de grandes quantidades de dinheiro para operações da empresa (pagamento de empregados, fornecedores etc).
3.         Levantamento de financiamentos e outras operações com gerentes

4.         Envio e recebimento de mercadorias ou documentação (em parte podem ser usados outros courriers)
Essas são as atividades, em particular, mais comuns que podem ser afetadas pelo desenrolar dessas greves, e que devem ser motivo de preocupação para consumidores e empresários.

Assessoria Técnica

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