segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Balança comercial é sinal de Brasil pujante

O Brasil dá claros sinais de que amadureceu e que é uma economia preparada para assumir a posição de destaque que merece. Deixou para trás o estigma de ser uma economia fechada, rasgou as teorias de dominação internacional e parou de se lamentar com as “perdas internacionais” por conta dos termos de troca injustos. Ao invés disso, ingressou definitivamente no clube das economias que estão dispostas a trabalhar para garantir o crescimento. Para tanto, adotou, nas duas últimas décadas, um modelo de equilíbrio fiscal, de austeridade monetária, e de abertura comercial. Internamente aperfeiçoou constantemente mecanismos para que o crescimento econômico fosse partilhado e mais recentemente tem trabalhado dedicadamente para alongar os períodos de crescimento, deixando também a fama de alçar voos de galinha.

Quando o País passou ao pragmatismo econômico, deixando de lado as lamúrias e desistindo de culpar os outros e o imperialismo como fontes de suas agruras, passou também, não por coincidência, a se apresentar como uma das grandes potências econômicas mundiais. Provavelmente o Brasil estará entre as cinco maiores economias do mundo antes do final desta década (a depender do câmbio, já está) e deve pleitear mais, pois tem potencial para tanto. Um dos efeitos colaterais desse crescimento é, sem dúvida, a internacionalização de nossa economia. Não é razoável imaginar o Brasil desfrutando do status de economia global sem ser global de fato.
As contas correntes, e a balança comercial mostram esse Brasil inserido de fato no mundo. Para nossa sorte (talvez mais efeito de competência do que sorte) somos uma potência no setor agro e de commodities em geral, e os preços desses produtos subiram muito nos últimos anos (contrariando as teorias dos termos de troca desfavoráveis). Esse fenômeno redundou em um superávit comercial que já atinge US$ 20 bilhões em oito meses. Também esse posicionamento favorável do Brasil perante o quadro mundial tem facilitado o financiamento de um déficit em contas correntes (em parte financiado com as exportações líquidas). Ou seja, hoje o País exporta muito (deve fechar o ano exportando mais de US$ 250 bilhões) e importa muito. Descobrimos, após décadas, que para exportar, é necessário importar muito. Para ser uma economia global, o Brasil tem de ter um mercado interno pujante, tem que ser uma plataforma produtora, e tem que permitir um grau de conectividade entre empresas muito elevado.

A tabela acima mostra que já exportamos mais de US$ 166 bilhões e importamos US$ 146 bilhões, recordes absolutos para o período, e em 2011 certamente bateremos os recordes de exportações e importações. O Brasil é definitivamente um grande “player” mundial, e o saldo comercial produzido pelas fortes correntes de comércio são evidências dessa fase positiva, que esperamos que dure muito.
Assessoria Técnica

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