O ano começou com vendas e lançamentos imobiliários muito abaixo do padrão dos últimos dois anos mas mostrou em maio uma leve recuperação que pode ser o início de um movimento de moderada melhoria. A importância do setor no PIB e no entendimento do comportamento e confiança do consumidor, bem como do mercado de crédito de longo prazo, é óbvia.
Nos primeiros cinco meses do ano, os lançamentos ficaram praticamente estáveis em relação a 2010, porém a venda de imóveis novos caiu 34% relativamente ao período de janeiro a maio do ano passado. O valor global vendido (VGV) caiu 15%, com aumento de 28% no valor médio das unidades vendidas. Há um indício de que o mercado concentrou esforços no lançamento e produção de imóveis de valor maior, ou seja, se sofisticou para enfrentar um eventual aperto de crédito, que na visão geral afetaria mais as classes de renda mais baixas.Apesar desse resultado em média ruim, e da efetiva concentração de mercado ocorrida na primeira metade do ano, os dados de maio indicam que pode estar ocorrendo um início de reaquecimento do mercado imobiliário. Os resultados de vendas em maio mostraram aumento de vendas em relação a 2010, a primeira alta do ano. Claro que é apenas um ponto na curva, mas pelo menos dá um sinal de que a queda não será constante e nem mesmo da magnitude que estava se avizinhando.
Os números que estavam se desenhando antes de maio apontavam para uma queda de vendas de quase de 50% ou seja, o ano se encaminhava para ter metade das vendas de imóveis novos do que ocorrera entre 2008 e 2010, quando as vendas ficaram entre 30 mil e 35 mil unidades. Apesar do problema da defasagem de informações, o Economix vai ficar atento ao desenrolar desses números, pois temos neles um excelente indicador de atividade de um setor muito relevante em termos de volume de vendas e que espelha a confiança de consumidores e do setor financeiro no longo prazo.Assessoria Técnica
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