quarta-feira, 13 de julho de 2011

Por trás da valorização do real

Ao longo dos últimos anos o Brasil consolidou-se um grande produtor e exportador de commodities, e os preços desses produtos básicos subiram vertiginosamente em 2010 e continuam subindo em 2011. Logo, a mesma quantidade de bens brasileiros passou a ser trocada por uma quantidade maior de bens estrangeiros, pois estes não subiram de preço devido à crise. Ou seja, a taxa de câmbio real se valorizou. Mas essa dicotomia entre o comportamento dos preços dos bens e serviços brasileiros e estrangeiros não explica toda a valorização do câmbio real.

A taxa de câmbio nominal também vem sofrendo pressão de valorização devido ao elevado diferencial de juros entre a economia brasileira e as economias desenvolvidas, principalmente os EUA. Então, existem duas forças puxando a taxa de câmbio real para baixo: preços relativos e taxa de juros muito elevada em relação ao resto do mundo.

O governo vem demonstrando que está preocupado com o viés de valorização da taxa de câmbio real, depois do aumento da tributação via imposto sobre operações financeiras (IOF) nas captações externas, e atuações do Banco Central no mercado à vista de câmbio, novas medidas como intervenções no mercado futuro e de derivativos podem ser tomadas para tentar conter a sobrevalorização do real.
Assessoria Técnica

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