Em LONDRES, o índice Financial Times fechou em alta de 1,54%, a 5.855 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 1,73%, para 7.294 pontos.Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 1,88%, a 3.924 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 2,11%, para 19.864 pontos.Em MADRI, o índice Ibex-35 avançou 2,08%, a 10.143 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 encerrou em alta de 2,25%, aos 7.108 pontos.No Brasil, a reação seguiu a europeia, e era esperado esse comportamento. Agora, a manutenção desse humor melhor depende, segundo analistas, das votações de detalhes do pacote grego. Na realidade, também a percepção é de aprovação, mas os credores querem nesse momento mensurar o grau de aversão e de dificuldades do governo grego para implementar essas medidas com base na disputa no Congresso do país entre governo e oposição. Não basta aprovar medidas e pacotes. Todos analistas e credores sabem quanto um ambiente político hostil dificulta a implementação de uma série de medidas, principalmente quando se trata de corte de gastos e de venda de empresas estatais. Vamos acompanhar essas votações com atenção, porque os mercados certamente irão.
O Plano Brady, que redefiniria o perfil da dívida da América Latina (principalmente) na década de 1990, teve esse nome devido a Nicholas Brady, então secretário do Tesouro americano, que foi o mentor das ideias básicas de redução de juros/e ou principal da dívida, alongamento de prazos e a adoção de taxas de juros fixas em troca das taxas flutuantes que vigoravam anteriormente. Esse plano, assinado em abril de 1994, foi determinante para que o Brasil suspendesse sua moratória parcial do país vigente desde 1989. Na realidade, essa reengenharia financeira das dívidas de países emergentes foi o que propiciou um acerto inédito de contas na história, reestabelecendo linhas de crédito para esses países sob condições normalizadas. No limite, foi esse acerto de contas que permitiu, a partir daí, um novo fluxo de investimentos e empréstimos para economias emergentes que viriam mais de uma década depois, ser o motor do crescimento mundial. Esse plano não foi essencial apenas para os devedores. Deu aos credores condições de manter suas operações em muitos casos, garantindo também o fluxo de pagamentos que iria injetar mais recursos nas instituições financeiras credoras, elevando fortemente a saúde do sistema bancário global. Como se vê, o resgate grego pode ser a ponta do iceberg de um descontrole de endividamento em alguns países, principalmente Portugal, Espanha, Irlanda e Itália. Talvez uma solução conjunta e engenhosa deva ser adotada agora, só que não mais para a América Latina ou o Sudeste Asiático e sim para economias menores (e nem tão menores assim) da Eurolândia. Dificilmente os credores escaparão de uma solução negociada como o Plano Brady. Principalmente se forem racionais diante do abismo.
Assessoria Técnica
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