A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) reconhece a importância do salário mínimo de R$ 545 aprovado pelo Congresso Nacional nesta quarta-feira (16/2). A Fecomercio destaca que este aumento – 1,3% acima da inflação acumulada – representa uma injeção mensal de R$ 1,1 bilhão na economia nacional. “Isto é significativo na elevação da capacidade de consumo das famílias de baixa renda”, afirma o presidente da Fecomercio, Abram Szajman. O líder empresarial lembra que a iniciativa privada adota pisos salariais mais elevados do que o aprovado pelo Congresso.
Quanto ao peso do aumento do salário mínimo nas contas do Governo, a Fecomercio pondera que, se por um lado, o aumento de R$ 8,5 bilhões por ano no gasto público impacta as contas da Previdência, por outro, o aumento do consumo irá ampliar o volume de arrecadação. “O valor arrecadado não cobre o valor gasto, mas o aquecimento da economia interna é um fator que precisa ser considerado”, afirma Szajman.
Para a iniciativa privada, os efeitos desse aumento são mais suaves. Se considerados 13 salários anuais para os cerca de 12 milhões de trabalhadores formais que recebem somente o salário mínimo, o montante ronda os R$ 5,5 bilhões. Uma quantia que não é desprezível, mas que em relação ao total de consumo das famílias representa somente 0,65%.
Por fim, a Fecomercio reafirma ser contra a indexação automática do salário mínimo. “É impensável que o governo mantenha uma regra fixa para o reajuste do salário mínimo. A indexação de qualquer natureza é um resquício de uma era de inflação em descontrole”, comenta Szajman. “A elevação do poder de compra, portanto, é positiva, já que não compromete o crescimento sustentável ou o controle da inflação no longo prazo”, conclui.
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