terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Os mercados continuam otimistas no Brasil

Na última semana, mais notícias positivas preencheram as análises econômicas. De forma geral os dados mais importantes vieram dos Estados Unidos, onde a recuperação parece mesmo ter chegado para ficar e o ritmo de atividade está um pouco mais acelerado do que se projetava para este ano. Esse cenário não resolve todos os problemas, mas ao menos tira uma das espadas que pairavam sobre os mercados. A Europa terá um ano muito difícil, provavelmente de recessão, com desemprego em alta. A exceção será a Alemanha, talvez.

Esse cenário pode ser completado pelo crescimento chinês que, em sua trajetória de ajuste está beirando os 10%, o que ainda é muito. Índia e sudeste asiático no mesmo caminho. Isso garante bons preços para commodities (e o Brasil é campeão em produção desses itens) e para energia. Tudo conspira favoravelmente ao desempenho da economia brasileira e para melhorar a distribuição de lucro de nossas empresas, principalmente as listadas na Bolsa. A única variável complicada ainda é a inflação que continua um pouco resistente, mas nestas últimas semanas o dólar voltou a se desvalorizar o que reduz a pressão pela “válvula” externa. Se o governo não acenar com novas medidas que possam contaminar esse ambiente (como mais protecionismo para setores específicos), a tendência é de que o IPCA, em breve, venha a completar esse cenário positivo.
Do lado real, o consumo continua em alta: a renda, o emprego e o crédito se mantém aumentando substancialmente o papel das classes médias como protagonistas da sustentação do ciclo de consumo e produção. Neste início de ano esses fatores estão influenciando fortemente os resultados dos mercados de renda variável e pressionando o câmbio para baixo. Apesar do déficit em conta corrente externa, o País está contando com o forte afluxo de capitais de investimento (direto e em portfólio) para manter a moeda valorizada. Não que isso seja uma estratégia deliberada do governo, mas é o que está redundando de todo esse cenário, e no curto prazo, nada deve se alterar rapidamente.

Com isso o Ibovespa subiu mais de 5% na semana e já acumula quase 10% de alta no ano, que acabou de começar. De outro lado o dólar atinge novamente o patamar de R$ 1,75, com desvalorização de quase 6% em 2012. Esse direcionamento deve continuar, ainda que não ininterruptamente. Todavia as variáveis que levaram a esse desempenho permanecem presentes, e devem se manter no curto e médio prazos. Conforme nossas projeções no final de 2011, o ano de 2012 promete ser melhor do que o projetado para o País na média das análises.



Assessoria Técnica

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