segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Inflação no teto da meta não é bom sinal

O resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2011, apresentado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é positivo para a economia brasileira, mas está muito longe de ser o ideal. A opinião é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) que explica que, caso a inflação em 2011 tivesse sido superior ao teto de 6,5%, o Banco Central poderia passar a sofrer interferências políticas. O que seria extremamente negativo para a imagem do País.

A FecomercioSP projeta inflação mais baixa para 2012, fechando o ano ao redor de 5,5%, mas destaca que já passou da hora de o País trabalhar reformas importantíssimas, como a tributária e a trabalhista, para que tenha condições de continuar crescendo sem começar a ser assombrado pela inflação.

A Assessoria Técnica da FecomercioSP ressalta, também, que muitos dos aumentos da Selic ao longo do ano anterior foram equivocados e pouco fizeram para conter o avanço dos preços, já que não houve um processo inflacionário por choque de demanda. “Conter inflação proveniente de gargalos produtivos e de fatores pontuais e localizados através de política monetária tradicional custa muito caro em termos sociais e produz um efeito pífio, como vimos”, destaca Abram Szajman, presidente da FecomercioSP.

Por fim, a FecomercioSP afirma que  setor de Alimentação e Bebida, que acumulou alta de 7,19% em 2011, deve continuar pesando no bolso da população ao longo do primeiro trimestre do ano. Fato que se deve a estiagem na região sul do País e as chuvas excessivas no sudeste que, além de prejudicar a safra, complicam a situação das rodovias, principal meio de escoação da produção nacional.

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