O ano começou com o ritmo de crescimento entre 4% e 5% e mostrou desaceleração ao longo dos meses. Nossas projeções, no quadro abaixo, mostram que a tendência é de que haja uma pequena recuperação após a desaceleração do último trimestre, por conta do Natal que deverá ser relativamente aquecido. Ainda assim, 2011 será um período de crescimento fraco, em grande parte restrito pelo desempenho da indústria, já que o consumo das famílias deve crescer quase 5% e o varejo pode acompanhar esse ritmo em São Paulo e crescer até um pouco mais no País.
Certamente, com base em projeções semelhantes, que mostram claramente o rápido desaquecimento, o Banco Central decidiu agir de forma a reacender a economia, ainda que os dados da inflação neste momento estivessem um pouco acima do desejado. O Banco Central, muitas vezes criticado, acertou em 2008 quando afrouxou a política monetária e contribuiu para que o ano de 2009 não tivesse um desfecho muito ruim, mantendo o consumo interno ativo. O caso parece ser o mesmo, o BC está reduzindo a Selic e mantendo condições para que haja expansão do volume de crédito, ação esta que, provavelmente, estaremos aplaudindo no final do ano que vem. Mesmo considerando que a crise da Europa tenha um desfecho razoável, o crescimento global de 2012 já está bastante comprometido, pois além dessa crise na Europa, Japão e Estados Unidos ainda vão manter passo fraco em sua caminhada para a recuperação.
Assessoria Técnica
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