O que nos habilita a apostar nesse crescimento?
1. Em primeiro lugar, temos hoje uma taxa de desemprego que é a menor da série histórica. Menos de 6%, que é uma taxa um pouco menor do que a percebida no mesmo período de 2010.
2. Além do desemprego um pouco mais baixo, temos um número de postos de trabalho ocupados maior do que em 2010.
3. O crescimento do emprego foi também acompanhado de um pequeno aumento no rendimento médio, e essa conjunção deve agregar cerca de 5% à Massa de Rendimentos Reais em 2011, comparativamente a 2010.
4. O volume de crédito segue crescendo, e as concessões neste Natal (ao longo de dezembro) devem ser 10% a 15% maiores do que em dezembro de 2010.
5. O 13º salário deve ser 16% maior ao longo de 2011 do que foi em 2010, o que, em termos reais vai representar um crescimento de 8%.
6. Pesquisas com varejistas mostram que a percepção geral relativas aos estoques e de que os mesmos estão adequados.
Na realidade, nossas projeções e séries históricas mostram que os principais determinantes do consumo são renda, crédito e emprego. Claro, a confiança do consumidor pode fazer a diferença se esta estiver muito acima ou muito abaixo no momento da comparação, mas, a rigor, com esses números do lado real e com a tendência de calmaria no mercado neste momento, as apostas são de crescimento moderado.
O papel do 13º
Neste ano, estimativas mostram que o 13º salário deve agregar à economia cerca de R$ 118 bilhões, ou R$ 16 bilhões a mais do que no ano passado. Esses valores são disponibilizados aos trabalhadores e aposentados ao longo do ano, e para quem está na ativa, 50% pode ser antecipado no momento das férias. Todavia, a maior parte começa a ingressar no final de novembro e termina em meados de dezembro. Estimamos que mais de 70% desses valores entrem na economia a partir da última semana de novembro. O valor em si representa cerca de 3% do PIB ou 5% de todo consumo do País. Nem todo o dinheiro recebido é gasto no consumo, uma parte é poupada e outra é usada para pagamento de dívidas. Independentemente disso, o volume total deste ano, sendo maior do que em 2010, permite imaginar que haverá crescimento no consumo.
Por todos esses motivos, acreditamos que o Natal terá crescimento moderado em relação ao ano passado. Mas existem motivos para que alguns setores não comunguem desta percepção: é porque não comungam no resultado. A indústria nacional, por exemplo, vai competir mais agressivamente neste ano com os importados do que em 2010, e isso faz com que haja diferenças entre o desempenho do varejo e o da indústria de transformação.
Assessoria Técnica
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