Em 2010, cerca de R$ 130 bilhões do PIB brasileiro foram gerados diretamente no setor de turismo, o que, de forma direta e indireta, contribuiu com R$ 357 bilhões no total da produção do País. Ou seja, para cada real gerado no setor de turismo, foram gerados R$ 2,75 de PIB. Com relação ao emprego, a cada posto criado pelo setor, mais 1,9 empregos indiretos são gerados, ou seja, um total de 2,9 empregos.
Uma outra forma de olhar para o segmento do turismo é aprofundar análise sobre a geração de empregos. São R$ 130 bilhões de PIB criando 2,8 milhões de ocupações. Portanto, a cada R$ 46,5 mil do PIB, surge um emprego. Vale ressaltar que os empregos diretos e indiretos do setor guardam uma qualidade acima da média, envolvendo principalmente o setor de serviços, que é hoje o mais dinâmico na economia. O potencial absoluto do setor é certamente muito maior do que se vem aproveitando, principalmente no momento histórico em que o Brasil, juntamente a outros emergentes, é apontado como uma das cinco maiores economias do mundo dentro de dez ou 20 anos. Esse fenômeno, agregado às dimensões continentais, enorme patrimônio histórico e cultural, tende a alavancar o turismo brasileiro.
O turismo que mais tende a crescer, sob esse aspecto, é o de negócios. Essa é uma ótima notícia, pois enquanto, em média, o visitante de lazer gasta US$ 866 em sua estada no Brasil (dados referentes a 2010), o que vem a negócios despende 70% a mais, atingindo US$ 1.470. Ambos têm estadias semelhantes em termos de tempo: 13 dias.
Quanto mais crescer o turismo de negócios, maior será sua participação na composição do PIB (hoje a participação do setor é de menos de 4% no Produto Interno Bruto) e maior será a geração de empregos de qualidade, com uma atividade ambiental e socialmente adequada.
Nos próximos anos, portanto, o País precisa mesmo se preparar para receber estrangeiros e cada vez mais homens de negócios. Muito exigentes, e que necessitam de infraestrutura de transporte, comunicação, segurança e de um pessoal receptivo preparado. Não é para a Copa do Mundo que o País precisa de aeroportos, meios de transmissão de dados modernos, mais limpeza e segurança e pessoas dominando o inglês e/ou espanhol. É para fazer parte do mundo globalizado, extremamente competitivo e que hoje tem como rivais os asiáticos, que já estão na nossa frente. Basta querermos para nos tornarmos polo preferencial de atração de turistas e negócios que os acompanham.
Assessoria Técnica
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