As principais notícias do dia:
1. China vai reduzir compulsório, o que deve alavancar fortemente o mercado interno de crédito;
2. Federal Reserve e Bancos Centrais do Canadá, Inglaterra, Japão, Suíça e Banco Central Europeu anunciaram ações coordenadas para mitigar impactos da crise;
3. Os mercados no Brasil já esperavam que a Selic fosse cair de 11,5% para 11%.
No caso da China, o aumento de crédito possível por conta da redução dos compulsórios pode manter o ritmo de consumo interno crescendo cerca de 10% ao ano, o que manterá os preços de commodities em patamares elevados. Boa notícia em geral, mas para alguns setores da indústria isso pode ser entendido como a continuidade de um processo de valorização cambial que já perdura 2 anos.
No caso das ações coordenadas os efeitos são potencialmente grandes. Isso deverá impedir que haja empoçamento de liquidez de um lado e falta de recursos de outro. Foram assinados acordos para facilitar e baratear as transferências de recursos de um mercado para o outro e também reduzir os custos nas trocas entre moedas (swaps cambiais). Ironicamente, os elevados fluxos financeiros eram – erroneamente – identificados como uma das causas da crise. Na prática, os bancos centrais vão se ajudar uns aos outros e em cada região, vão servir para dar liquidez à empresas e bancos que eventualmente sejam solventes mas que estejam com pouca liquidez. Essa medida reduz muito a possibilidade de quebradeira de empresas e bancos, inclusive na Europa, onde a situação é complicada.No Brasil a queda da Selic deve reforçar a ideia de que o governo está estimulando o consumo. Em parte esse efeito poderá ser medido já no Natal por conta da movimentação de vendas no varejo. Acreditamos que o Banco Central e o governo estão no caminho certo, dado que há um processo de desaceleração e de outro lado, temos munição e arsenal para combater esse processo, com poucos riscos inflacionários de fato.
Assessoria Técnica
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