quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

As maiores economias do mundo em 2011 serão as maiores economias do mundo em 2020

Hoje, o PIB global ronda a casa dos US$ 60 trilhões, dos quais US$ 15 trilhões são produzidos nos Estados Unidos (a maior economia do mundo) e US$ 6,5 trilhões na China (a segunda maior economia do mundo). Além de Estados Unidos e China, antes do Brasil em termos de PIB, temos o Japão, a Alemanha, a França, a Inglaterra e a Itália. Provavelmente, em uma década a ordem será: Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e Brasil, e depois França, Inglaterra e Itália. De qualquer forma, o quadro mundial não vai mudar tanto assim. Vamos tomar as três maiores economias globais hoje (que serão ainda as três maiores economias em 2020) e o Brasil. A tabela abaixo é bastante ilustrativa.

Segundo as estimativas mais razoáveis, e também com números arredondados, essas quatro economias representam 49% do PIB global e em 2020 vão representar 51% de tudo que for produzido no planeta. Somando-se as oito maiores economias do mundo, a produção atinge hoje 66% do total global e tende a ser 68% desse total em uma década.  Não é uma mudança tão grande assim. Na realidade, a mudança efetivamente está ocorrendo na participação do produto entre as maiores economias, ou seja, Brasil e China completarão o grupo das cinco maiores economias do mundo em uma década. Quem está mudando efetivamente de posição e ganhando importância geral é a China, que está tirando uma pequena porção da importância de cada um dos  maiores países do mundo. Em menor escala e mais lentamente, o Brasil está também caminhando para ultrapassar outras economias como Itália, Inglaterra e França, mantendo ainda uma distância significativa das outras grandes potências econômicas globais.
No caso chinês, o aumento da participação no PIB global se deve a uma estratégia de desenvolvimento voltado para fora, com aumento brutal da entrada de reservas, utilização maciça de mão de obra barata e baseado na produção de bens de consumo em escala colossal para abastecer quase que todos os mercados consumidores relevantes. No caso do Brasil, para nossa sorte, o modelo de nosso crescimento está hoje um passo à frente, baseado em um mercado interno muito poderoso. A classe média forte e ascendente pode garantir ao Brasil mais de uma ou duas décadas de crescimento sustentado, superior à média global e dos países desenvolvidos. A China será a segunda economia do mundo, com sua participação no PIB global saltando de 11% para 15%.

O Brasil vai passar de 3,7% para 4,1%. Aparentemente o sucesso chinês é maior, mas o quadro muda muito quando comparamos as rendas per capitas em questão. Ao final de mais 10 anos a China terá atingido uma renda per capita de US$ 5 mil e o Brasil estará atingindo US$ 16,5 mil, mais de três vezes maior do que nosso principal concorrente pelo espaço global hoje. Nosso modelo só é mais lento porque partimos de uma base econômica e social mais desenvolvida.

Assessoria Técnica

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