De acordo com a Pesquisa Trimestral do Leite, produzida pelo IBGE, as Regiões Sudeste e Sul concentravam 77% de todo leite industrializado no Brasil até setembro de 2011. Isto posto, fica bastante clara a razão das altas no preço do produto e de seus derivados no final do ano passado. A boa notícia é que, paulatinamente, a situação volta às condições normais e, com isso, os preços confirmam uma trajetória de recomposição de margens. De acordo com o IPCA de janeiro, também calculado pelo IBGE, o item Leite e Derivados registrou discreto recuo de 0,02%. Em 2011, o grupo atingiu incremento acumulado de 8,06%.
O que se nota no mercado do leite e de seus derivados, também pode ser estendido ao desenvolvimento de algumas frutas, como mamão, por exemplo. Apesar de ter acumulado 21,11% em 2011, por conta da perda de produto ocasionada pelo volume excessivo de chuvas, os preços em janeiro já recuaram 1,36%.Por outro lado, a situação do tomate ainda não foi devidamente resolvida. Nas regiões produtoras houve queda no volume produzido em decorrência do surgimento de pragas e os preços ainda têm subido. Em janeiro, os tomates ficaram em média 8,09% mais caros. Em 2011, o produto acumulou alta de 39,42%. Alguns legumes ainda devem sentir os impactos das condições climáticas adversas por um período maior de tempo, como, por exemplo, os feijões, os tubérculos, as verduras e os cereais.
É importante lembrar que com a proximidade da entressafra da cana-de-açúcar os preços dos combustíveis podem se elevar. De qualquer forma, o setor foi bastante cuidadoso ao preparar um estoque justamente para suprir o abastecimento neste período que se aproxima, na tentativa de minimizar impactos nos preços finais oriundos de uma oferta escassa.Enfim, 2012 inicia o ano ainda com alimentos ainda pressionados, mas com sinais claros de que o pior já passou. Algumas lavouras puderam reverter a situação com a normalidade do clima e o recuo de preços já chega ao bolso do consumidor.
Assessoria Técnica
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